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Oficina mostra como doces artesanais podem virar fonte de renda

Postado em 24 DE agosto DE 2020
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Aprender, empreender, praticar, cozinhar para família e amigos ou produzir aquele doce incrível só para você. Não importa qual destes seja seu interesse, os cursos que a chef Danielle Trolezi ministra na BSP são sempre sucesso! Ela compartilha com os alunos sua experiência como confeiteira que transformou a atividade em profissão, com dicas de produção, técnicas, receitas e até indica maneiras para melhor apresentar o produto final, além de abordar temas como empreendedorismo e transição de carreira.

Danielle sempre está presente na programação da biblioteca, apresentando novidades e incentivando muita gente a começar a produzir e vender doces artesanais. Neste período de distanciamento social, não foram poucas as pessoas que precisaram se reinventar ou quiseram aproveitar o tempo para aprender coisas novas. E a Oficina Online de Brownies Lucrativos, realizada no dia 18 de agosto, foi o "pontapé" inicial para muitos desses novos empreendedores. Não por acaso, a atividade reuniu mais de 150 pessoas para aprender a fazer uma receita simples de brownie de chocolate, mas repleta de possibilidades.

Danielle compartilhou um pouco mais de sua experiência na área da confeitaria com a gente, além de revelar como tem sido sua dinâmica profissional nesses tempos de pandemia. Confira:

1) Em tempos de crise, muitas pessoas recorrem à culinária e à confeitaria para conseguir uma renda extra. A que você atribui isso?

Este é um fato curioso mesmo. Eu acredito que a cozinha provoque um sentimento de afeto nas pessoas. Alimentar o outro é um ato de ternura, de amor. Penso que muitas pessoas recorrem à culinária e à confeitaria por este motivo, mas também porque é uma oportunidade de trabalho com ganhos imediatos. Há muito material gratuito na internet (dicas e receitas), é possível aproveitar este conteúdo sem gastar com cursos. Possibilitando investir em poucos ingredientes no supermercado ou, até mesmo, utilizar o que tiver em casa para começar a produzir. Se não tiver vergonha e sair para vender na rua, no trabalho ou na escola, em poucas horas é possível garantir um retorno de 4 ou 5 vezes do valor inicial.

2) Fazer doces, como podemos ver por muitos gameshows na TV e nas plataformas de streaming, não é nada fácil. Porque escolheu ser confeiteira?

Decidi ser confeiteira porque o que mais amava na vida era ficar horas e horas na cozinha preparando algo para agradar a minha família e os amigos. Resolvi deixar o meu emprego de servidora pública no Tribunal de Justiça de SP para exercer essa profissão mas, nesta época, em 2014, eu era completamente ingênua e não fazia ideia do que era ter um negócio e ganhar dinheiro através dele. Eu demorei para perceber que, o mais importante, era entender qual problema eu resolvia para o meu cliente quando ele me procurava para um pedido. Foi somente quando entendi as necessidades dos clientes que o meu negócio de doces começou a decolar. Com o tempo, as pessoas começaram a se interessar em aprender o que eu fazia. Elas queriam as minhas receitas, queriam saber o que eu tinha feito para crescer e decidi começar a dar aulas presenciais, no final de 2015.

Passei 2 anos ministrando aulas presenciais e conciliando com as encomendas do atelier. Em 2017, comecei a receber convites ensinar em outras cidades e estados. Porém, era extremamente cansativo e caro viajar todo mês para um lugar diferente, além de atender poucas pessoas. Nesta época, fiz uma pesquisa com 20 pessoas de diferentes estados e regiões do Brasil, perguntando quais eram as suas necessidades na confeitaria. Ouvir essas pessoas foi de uma importância extrema, que guiou tudo o que eu planejaria para o meu negócio dali pra frente.

Eu comecei a estruturar os meus cursos online e, no início de 2018, o meu primeiro curso a distância finalmente saiu do papel. No mesmo ano, comecei a produzir conteúdo relevante, em volume e base regular em meu perfil no Instagram com o objetivo de construir autoridade e me tornar uma referência na confeitaria, ensinando às pessoas o que eu sabia, contando os meus erros e o que eu tinha aprendido durante a minha caminhada como empreendedora. 

Eu quis desmistificar o "falso glamour" que muitos profissionais e alguns programas de reality show de culinária mostravam em torno da cozinha. Que a ideia do "trabalhe com o que você gosta, para nunca mais ter que trabalhar" é uma das maiores mentiras que já nos contaram. Eu amo o meu trabalho e não voltaria a ser funcionária pública, mas o processo é penoso. Empreender na confeitaria - ou em qualquer outro segmento - exige muito estudo. Você precisa entender sobre finanças, vendas, marketing, fotografia, planejamento de produção, etc. Exige horas e horas de dedicação, e por conta disso, é preciso fazer escolhas e lidar com renúncias. Exige viver no mundo real e saber que empreender é correr riscos o tempo todo e que estabilidade não existe. Que ninguém começa do topo, e que, tudo que é sólido leva muito tempo para construir. Notei que a minha audiência estava gostando de ouvir o que chamo de "confeitaria da vida real" e isso me aproximava delas e de seus problemas. Acredito que foi a partir disso que eu conquistei a confiança da minha audiência: falando a verdade.

3) Você já ministrou oficinas semelhantes no formato presencial na BSP. Como foi a adaptação do curso para o formato online?

Quando a pandemia começou, no início deste ano, eu e meu sócio já tínhamos o nosso negócio voltado 100% para o online e não fomos afetados pela crise. Muito pelo contrário: o nosso negócio cresceu durante este período, pois as pessoas precisavam aprender uma nova profissão, se reinventar, mas não podiam sair de suas casas. Não sei se foi sorte, mas já estávamos com a estrutura pronta para atender esta demanda e os produtos certos para oferecer: três diferentes cursos online com quase 2 mil alunos no total e uma certa autoridade consolidada no Instagram.

O mundo está mudando rapidamente, em uma velocidade que muitas vezes não conseguimos acompanhar. Quem estiver atento a estas mudanças e às necessidades de seus clientes, pensando sempre em como resolver o seus problemas, estará à frente da concorrência e terá mais facilidade de enfrentar momentos de crise.

4) Por que decidiu ensinar a fazer o brownie no curso?

Decidi sugerir uma oficina de brownies por diversos motivos.

O brownie é um produto fácil de aprender. Se o aluno seguir à risca as instruções da aula e do material de apoio, dificilmente ele vai errar a receita.

Não exige investimento inicial alto, é possível iniciar a produção aproveitando os utensílios e equipamentos que temos em casa como: forno doméstico, tigelas, espátulas e formas de bolo.

Existe uma facilidade nas vendas e uma versatilidade na apresentação. O brownie é um produto bastante conhecido no mercado, o confeiteiro não precisa explicar o que é, nem convencer o seu cliente de que é um produto saboroso. Além disso, é super versátil, pois, com apenas 1 receita, o aluno consegue criar diversas formas de apresentação como por exemplo: brigadeiro de brownie, minicupcakes, brownie estilo bem-casado, cakepop de brownie, brownie de pote, brownie na marmitinha, brownie pizza, Naked Cake, entre outros.

O brownie é um produto rentável, pois o aluno consegue escalar a sua produção com baixo investimento, obtendo assim uma boa margem de lucro. É possível produzir com 1 mês de antecedência, congelando o produto sem perder qualidade. Isso possibilita ter sempre unidades do doce à disposição, ganhando tempo na cozinha e atendendo pedidos de última hora.

É fácil de ser transportado. Um dos maiores custos de uma empresa é a logística, ainda mais quando falamos em doces delicados que exigem uma certa condição de transporte para chegarem perfeitos ao seu destino. Os brownies são produtos resistentes ao calor e podem ser transportados até mesmo pelos Correios ou por Motoboy. Isso torna o custo bem mais barato quando comparamos com sobremesas que necessitam de refrigeração ou cuidados no transporte, como bolos e chocolates.

4) Quais outros doces considera adaptáveis para esse tipo de atividade?

Com algumas adaptações, é possível fazer o mesmo com os seguintes produtos: pão de mel, brigadeiros e bolo no pote.

 

 

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