No Segundas Intenções, Carola Saavedra comenta sua obra literária
Postado em 14 DE outubro DE 2020

Carola Saavedra está na Alemanha. Ela fica em Colônia, um dos principais pólos culturais do país, onde ministra aulas de Literatura e Cultura Brasileira na universidade local. Foi de lá que a escritora chilena-brasileira conversou com Manuel da Costa Pinto no Segundas Intenções Online de outubro na BSP, que aconteceu no dia 5.
Nascida no Chile em 1973, Saaavedra veio com a família para o Brasil aos 3 anos de idade e se instalou no Rio. Também morou na Espanha, na França e na Alemanha, onde concluiu um mestrado em Comunicação Social e para onde voltou recentemente, agora como professora.
Considerada pela revista literária Granta uma entre os 20 melhores jovens escritores brasileiros da atualidade, Saavedra estreou na literatura em 2005, com o volume de contos "Do Lado de Fora". O título mais recente, "Com armas sonolentas" (2018), foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura.
Dela, o livro "Flores azuis" (2008) foi eleito melhor romance pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. "Paisagem com dromedário" (2010) ganhou o Prêmio Rachel de Queiroz na categoria jovem autor. Ambos os títulos foram finalistas dos prêmios São Paulo de Literatura e Jabuti.
"Toda Terça" (2007), primeiro romance da autora, é definido por ela como "um livro do estilo 'modelo para armar'". Influenciada, entre outros autores, por Julio Cortázar, ela conta no livro a história de Laura, no Rio, e de Javier, em Frankfurt, em acontecimentos aparentemente desconexos.
Essas linhas narrativas paralelas são, segundo Costa Pinto, uma constante em seus romances: "Nunca me interessou a história linear", disse ela. "Lidar com o espaço da participação do leitor é uma necessidade para mim."
A entrevista no Segundas Intenções Online teve a participação de leitores e fãs de Saavedra, que fizeram perguntas sobre sua obra. Marisa de Jesus, por exemplo, perguntou como a autora enfrentou a pandemia:
"Uma coisa é a pandemia na Alemanha, que já está acabando', disse ela. "E a outra é a experiência no Brasil. Os meus alunos (em Colônia) acham que eu estou exagerando, que não é para tanto. Depois de dois meses, as pessoas voltaram a conviver, mas a universidade ainda ficou online. Agora, você não vê gente sem máscara por aqui. Tem muito controle."
O jornalista Alysson Oliveira, que a considera uma das melhores escritoras brasileiras da atualidade, perguntou o que ela tem lido. A resposta: "Muita literatura indígena. Sempre me interessei pelo que estava à margem. Tenho lido muita poesia, também. E muitos livros de não-ficção".
Foram uma hora e meia de entrevista em que Carola Saavedra passou em revista boa parte de sua carreira, passando pelos livros, método de trabalho e influências. Para saber como foi ou rever, veja a íntegra abaixo:
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