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Nascimento de Fernando Pessoa

Postado em 13 DE junho DE 2014
[caption id="attachment_35877" align="aligncenter" width="440"]FernandoPessoa_AlmadaNegrei Ilustração por Almada Negrei[/caption]

Nesta sexta-feira, 13 de junho, comemora-se o nascimento do poeta português Fernando Pessoa, ocorrido em Lisboa, no ano de 1888.

O crítico literário Harold Bloom o considerou como um dos melhores escritores da civilização ocidental, não apenas da literatura portuguesa mas também da inglesa (Pessoa foi educado em uma escola católica irlandesa na África do Sul, por isso tinha muita familiaridade com o idioma inglês).

Por ser "plural", como se definiu, Pessoa criou vários poetas ao mesmo tempo, que conviviam nele. Cada um tem sua biografia e traços diferentes de personalidade. Os poetas não são pseudônimos e sim heterônimos, isto é, indivíduos diferentes, cada qual com seu mundo próprio, representando o que o angustiava ou encantava. Os mais conhecidos são Alberto Caeiro da Silva, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares. Caeiro é considerado naturalista e cético; Reis é um classicista, enquanto Campos tem um estilo associado ao do poeta norte-americano Walt Whitman.

A Revista Bula listou 10 poemas indispensáveis, confira:

http://www.revistabula.com/522-os-10-melhores-poemas-de-fernando-pessoa-2/

 

Já na BSP, você encontra:

 

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Fernando Pessoa: poemas selecionados: Fernando Pessoa ele mesmo e heterônimos


Trata-se de uma seleção de poemas de Fernando Pessoa ele-mesmo e de seus heterônimos completos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Aclamado pela crítica como um dos maiores poetas da língua portuguesa, comparado a Camões, sua genialidade revela-se sobretudo na criação desses heterônimos, personalidades poéticas completas criadas por Pessoa e através das quais o poeta produziu vasta obra, além da produção atribuída a ele próprio, o ortônimo, ou Pessoa ele-mesmo. 'Poemas selecionados' quer ser porta de entrada para aqueles que pouco conhecem a obra desse grande poeta e também mais uma possibilidade de contato com a palavra pessoana para aqueles que, conhecedores da obra, têm o desejo de renovar sempre e mais uma leitura que jamais se esgota.

 

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Comboio, saudades, caracóis


Fernando Pessoa costumava divertir os sobrinhos com poemas repletos de toques populares e disparates cheios de humor - um trem, ou melhor, um comboio - cheio de gente - indo de Queluz a Portimão, um menino que em vez de gatinho tinha um caracol, saudades... São personagens, cenas e historietas que expressam a sensibilidade e a cultura portuguesas.

 

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O banqueiro anarquista

A obra já começa a intrigar pelo título, um paradoxo - como pode um banqueiro, o homem do dinheiro, ser também um autêntico anarquista? Eis um verdadeiro mistério, um crime contra a lógica, que talvez explique o motivo de Fernando Pessoa ter classificado seus contos - O banqueiro anarquista entre eles - como 'policiários' ou 'de raciocínio'. Com sua anedota do pensamento dedutivo levado ao absurdo, o autor, que nunca deixou de se interessar por questões sociais e econômicas, reflete sobre o individualismo e o liberalismo.

 

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Poemas completos de Alberto Caeiro


Fernando Pessoa publicou em vida apenas dois livros - 'English Poems' (1918) e 'Mensagem' (1934), mas é considerado universalmente como o maior poeta moderno da língua portuguesa. Pessoa pertence à linguagem dos poetas-engenheiros ou poetas-geômetras; o poeta do verbo 'ser' e de seus desdobramentos e desenvolvimentos, por alternativas de afirmação e negação. Os heterônimos de Pessoa são um extraordinário recurso estilístico, por meio do qual ele conseguiu escrever a maior parte de sua poesia. Nos 'Poemas Completos de Alberto Caeiro' (1946), em versos simples e de um tom de parábolas, tudo se tece em torno da natureza contemplada. Alberto Caeiro é o heterônimo - 'mestre' de todos os heterônimos de Fernando Pessoa. Seu processo criativo é espontâneo e de completa naturalidade. Seus poemas são sua própria biografia.


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A educação do estoico


O Barão de Teive é possivelmente o último heterônimo criado por Fernando Pessoa. Esse heterônimo reuniu várias obsessões do seu criador. Era um aristocrata, como Pessoa sempre pretendeu ser, buscando e rebuscando traços de sangue azul na sua linhagem paterna e promulgando uma teoria de aristocracia interior; era solteiro, abastado e tinha grande dificuldade de lidar com a sexualidade. Segundo Richard Zenith, editor e autor do post-mortem deste livro, o Barão de Teive assumiu o aspecto mais perigoso do seu criador - a razão sem freio, que o levou à conclusão de que a conduta racional da vida era impossível, e sendo assim o suicídio era a saída que a razão lhe impunha.

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