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Morre Rubem Alves

Postado em 21 DE julho DE 2014
[caption id="attachment_36432" align="aligncenter" width="622"]rubem_alves Fonte: Jornal Opção[/caption]

O escritor e educador Rubem Alves, de 80 anos, morreu no fim da manhã do último sábado, 19 de julho, em decorrência de falência múltipla de órgãos.

Alves nasceu em 1933, em Boa Esperança, no Sul de Minas Gerais, e morava em Campinas há décadas. Um dos intelectuais mais respeitados do Brasil, Alves publicou diversos textos em jornais e revistas do país e atuou como cronista, pedagogo, poeta, filósofo, contador de histórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, autor de livros infantis e até psicanalista, de acordo com sua página oficial na internet.

Educado em família protestante, estudou teologia e tornou-se pastor de uma comunidade presbiteriana no interior de Minas.

Em 1963, viajou para Nova York para fazer uma pós-graduação, retornando à paróquia em Lavras (MG), no período da ditadura militar, quando foi listado entre pastores procurados pelos militares. Saiu com a família do Brasil e foi estudar em Princeton, também nos Estados Unidos, onde escreveu a tese de doutorado, que foi publicada em 1969 por uma editora católica com o título de 'A Theology of Human Hope' (Teologia da Esperança Humana).

Retornou ao Brasil em 1968 e demitiu-se da Igreja Presbiteriana. No ano seguinte, foi indicado para uma vaga de professor de filosofia na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro (Fafi), atual Unesp, onde permaneceu até 1974.

No mesmo ano ingressou no Instituto de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde fez a maior parte da sua carreira acadêmica até se aposentar no início da década de 1990. Em 1984 iniciou o curso para formação em psicanálise e teve uma clínica até 2004.

Escritor
O escritor dizia que com a literatura e a poesia começou a realizar seu sonho fracassado de ser músico. Citava como referências Nietzsche, T. S. Eliot, Kierkegaard, Camus, Lutero, Agostinho, Angelus Silésius, Guimarães Rosa, Saramago, Tao Te Ching, o livro de Eclesiastes, Bachelard, Octávio Paz, Borges, Barthes, Michael Ende, Fernando Pessoa, Adélia Prado e Manoel de Barros.

Entre as obras infantis dele estão "A volta do pássaro encantado" e "A pipa e a flor". Alves escreveu também sobre teologia, filosofia, educação, além de crônicas. É autor de "Tempus fugit", "O quarto do mistério", "A alegria de ensinar", "Por uma educação romântica" e "Filosofia da ciência", e diversos outros. Em 2009 ficou em 2º lugar do Prêmio Jabuti na categoria Contos e Crônicas, com o livro "Ostra Feliz Não Faz Pérola".

Educador
Sobre a paixão pela educação, escreveu: "Educar não é ensinar matemática, física, química, geografia, português. Essas coisas podem ser aprendidas nos livros e nos computadores. Dispensam a presença do educador. Educar é outra coisa. [...] A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. [...] Quem vê bem nunca fica entediado com a vida. O educador aponta e sorri – e contempla os olhos do discípulo. Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz. Estão vendo a mesma coisa. Quando digo que minha paixão é a educação estou dizendo que desejo ter a alegria de ver os olhos dos meus discípulos, especialmente os olhos das crianças".

Em entrevista à Globo News em agosto de 2012, Rubem Alves defendeu que a educação no Brasil deveria passar por mudanças. “Na educação a coisa mais deletéria na relação do professor com o aluno é dar a resposta. Ele tem que provocar a curiosidade e a pesquisa”, disse.
Fonte: G1

O acervo da BSP possui os seguintes livros de Rubem Alves:

 

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Sete vezes Rubem
(Editora Papirus)

Fruto do trabalho de uma década, essa obra reúne sete livros de Rubem Alves publicados entre 1996 e 2005. A ideia é oferecer um panorama da obra de Rubem Alves. No total são 143 crônicas que percorrem temas variados. Aqui se encontram as facetas do autor - sua vertente poética, seus conhecimentos de psicanálise, a infância em Minas Gerais, a experiência religiosa e suas tendências espirituais e seu senso de humor.

 

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Do universo à jabuticaba
(Editora Planeta)

Rubem Alves está de volta. Um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2009, neste novo livro o autor reúne suas reflexões sobre os mais diversos assuntos como infância, amor, sexo, velhice e morte. São textos curtos e irreverentes que discutem temas tão cotidianos quanto polêmicos no mesmo ritmo que garantiu o sucesso de Ostra feliz não faz pérola, sua coletânea anterior.

 

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Quer que eu lhe conte uma estória?
(Editora Papirus)

Tudo começa com "Era uma vez um bando de rãs. Rãs embora sua aparência sugira o contrário são seres poéticos". Sobre uma rãzinha, Matsuo Bashô (1644-1694) escreveu o seu mais famoso haicai: "Ah, o velho lago. / De repente a rã no ar / e o tchibum na água...".E assim seguimos, com aventuras de patos selvagens, lobos, urubus ou ainda narrativas clássicas recontadas (e alteradas, ora para nos divertir, ora para revelar nossos aspectos mais sombrios). Tirar as ideias de seu lugar habitual, mudar nossos cenários mentais e fazer alguma revolução bem-humorada: ler Rubem Alves acontece de ser assim, no mais das vezes.Com esse livro, a Papirus Editora comemora sua milésima publicação. É um prazer e uma honra partilhar esta alegria com um de nossos autores e amigos de mais longa data e celebrar esta marca histórica com você, leitor. Indicado ao Prêmio Jabuti 2011.

 

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Ostra feliz não faz pérola
(Editora Planeta)

O autor define seu livro: “Pessoas felizes não sentem necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou arte, surge sempre de uma dor. Não é preciso que seja uma dor doída. Por vezes, a dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade”.

 

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A menina e o pássaro encantado - Livro falado
(Editora Loyola/ Fundação Dorina Nowill)

Este livro é para adulto ler e criança ouvir. Fala da separação, da ausência e de como seria bom se não houvesse despedidas. Mas é a saudade que prepara o abraço de amor na volta daquele a quem se ama.

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