Morre Carlos Fuentes
Postado em 16 DE maio DE 2012
Carlos Fuentes (foto: Divulgação)
"Deve-se ter muito medo de escrever. Não é um ato natural como comer ou fazer amor, é de certa forma, um ato contra a natureza. É dizer à natureza que não se basta a si própria, que precisa de outra realidade, da imaginação literária."
Declaração do escritor na ocasião de seu aniversário de 80 anos
Carlos Fuentes publicou mais de 20 livros e ganhou importantes prêmios, como o Miguel de Cervantes, em 1987, e o Príncipe de Asturias, em 1994.
Na Biblioteca de São Paulo você encontra as principais obras do escritor.
A morte de Artêmio Cruz
Artemio Cruz, o protagonista de A morte de Artemio Cruz, participou das campanhas da Revolução Mexicana. Depois, traiu seus ideais, acumulou riquezas e poder, e hoje, confinado a uma cama de hospital, recorda os episódios essenciais de sua vida. Passado, presente e futuro, como num espelho, se atravessam e dialogam entre si. O livro é considerado um dos clássicos da literatura latino-americana.

Adão no Éden
Adão Gorozpe é um jovem nascido em família de poucos recursos que, graças a méritos pessoais e a um casamento por interesse, torna-se um dos maiores advogados do país e figura de destaque na sociedade mexicana. Em nome de sua posição, Gorozpe se submete a rituais sociais e familiares que no fundo despreza, e convive com uma família com a qual não tem qualquer afinidade.
Narrado em primeira pessoa pelo protagonista, Adão no Éden flerta com o surrealismo e com o realismo mágico, usando de recursos narrativos como saltos temporais e a intrusão de notícias de jornal e assuntos diversos. Ao contar a trajetória de Adão, o escritor retrata um México assolado pela corrupção, pelo crime e por uma profunda desigualdade econômica.
Contra Bush
O título do livro deixa bem clara a intenção do autor - expor seu ponto de vista radicalmente contrário a George W. Bush. São quase 30 artigos escritos entre agosto de 2000 e junho de 2004, que trazem uma profunda análise dos efeitos negativos da política norte-americana sobre os países da América Latina.
Ao modo de um diário crítico, o livro reúne reflexões sobre a crise política norte-americana e mundial ocasionada pelo governo Bush, do ângulo não só mexicano e latino-americano, mas também de toda a corrente mundial que luta por uma vida intermediária entre a arrogância e o intervencionismo bushianos e a violência antidemocrática de todos os totalitarismos. Contra Bush apresenta toda a trajetória recente do presidente americano - sua campanha rumo à Casa Branca; sua discutível eleição, decidida pelos juízes, não pelos cidadãos; a recusa em participar do Tratado de Kioto, cujo objetivo é reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera; a rejeição ao Tratado Antibalístico de Mísseis; o desprezo pelo Tribunal Penal Internacional; a reação equivocada aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001; o ataque ao Afeganistão; a guerra contra o Iraque; a tortura de civis e militares iraquianos e a campanha de reeleição.
Gringo velho
Que estranhos impulsos levariam um homem de mais de 70 anos a largar tudo em seu país, os Estados Unidos, e tentar, não a vida, mas a morte, em plena revolução mexicana de 1913? Foi assim com o jornalista Ambrose Bierce, funcionário exemplar da importante cadeia jornalística Hearst, que acabou morrendo no meio de tropas revolucionárias numa louca e sangrenta aventura.
A partir desse dado, o autor de Terra nostra mergulha fundo nos complexos mecanismos da alma mexicana em plena explosão da guerra civil. O livro de Fuentes se concentra na revolução de 1910 mas também constrói um painel imenso, trágico e grandiloqüente para personagens descritos com um belíssimo tratamento literário. São homens e mulheres que mostram em seu comportamento um pouco da tênue fronteira entre o sonho e a realidade.

O espelho enterrado
O espelho enterrado é um livro de ensaios baseado em uma série de televisão, escrita e apresentada pelo mexicano Carlos Fuentes. O escritor aborda, com equilíbrio e com paixão, os cinco séculos da conquista das Américas pelos espanhóis.
Dos espelhos ibéricos de Cervantes e Velásquez aos espelhos enterrados em tumbas indígenas no México; da expulsão dos árabes da Espanha ao massacre dos astecas e incas; de El Cid a Simon Bolívar, chegando aos caudilhos, revoluções e às atuais tensões de fronteira entre México e Estados Unidos, ele discorre sobre o assombroso jogo de reflexos que é a construção da identidade hispano-americana.
Para consultar outras obras de Carlos Fuentes acesso o catálogo da BSP.
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