Mês da Consciência Negra na BSP
Postado em 01 DE novembro DE 2023No mês da Consciência Negra, a equipe de acervo da BSP separou uma lista especial com dicas de leitura sobre o tema. Confira os títulos a seguir e escolha o seu!
Pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro.
Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito. Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos (resumo da Amazon).
RAMOS, Lázaro. Na minha pele, de Lázaro Ramos.
Movido pelo desejo de viver num mundo em que a pluralidade cultural, racial, étnica e social seja vista como um valor positivo, e não uma ameaça, Lázaro Ramos divide com o leitor suas reflexões sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação. Ainda que não seja uma biografia, em "Na minha pele" Lázaro compartilha episódios íntimos de sua vida e também suas dúvidas, descobertas e conquistas. Ao rejeitar qualquer tipo de segregação ou radicalismos, Lázaro nos fala da importância do diálogo. Não se pode abraçar a diferença pela diferença, mas lutar pela sua aceitação num mundo ainda tão cheio de preconceitos (resumo da livraria Cultura).
Quando me descobri negra, de Bianca Santana.
Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes, era morena. É com essa afirmação que Bianca Santana inicia uma série de relatos sobre experiências pessoais ou ouvidas de outras mulheres e homens negros. Com uma escrita ágil e visceral, denuncia com lucidez - e sem as armadilhas do discurso do ódio - nosso racismo velado de cada dia, bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões subjugadas.Quando me descobri negra fala com sutileza e firmeza de um processo de descoberta inicialmente doloroso e depois libertador. Bianca Santana, através da experiência de si, consegue desvelar um processo contínuo de rompimento de imposições sobre a negritude, de desconstrução de muros colocados à força que impedem um olhar positivo sobre si (resumo da livraria Cultura).
Vista a minha pele: afropoemas, Silas Corrêa Leite.
Vista a minha pele é um livro diferenciado do autor, romancista, ensaísta e crítico literário, além de ciberpoeta e blogueiro premido, autor de outros trabalhos polêmicos. Esta obra tem por tema a melhor poesia do escritor, que foi tese de TCC, capa de livro de concursos e referendada em trabalhos escolares sobre o Dia da Consciência Negra. Agrega ainda outras criações em prosa e verso sobre o mesmo prisma, elencando histórias de artistas populares, jogadores de futebol, cantores, personalidades afrodescendentes de destaque na cultura brasileira e mundial. Silas Corrêa Leite é um afrodescendente de ancestrais índios guaranis e negros descendente de Angola, África, por parte de mãe, e de convertidos judeus portugueses, cristãos novos, por parte de pai. Premiado em concursos literários de renome, até no exterior, neste livro compõe as tintas de sua chamada poética de tristeza, como muito bem salientou Antônio Abujamra no programa Provocações, da TV Cultura de São Paulo, quando o entrevistou e dele leu poemas e prosas, inclusive a polêmica poesia sobre Michael Jackson, aqui incluída. VISTA A MINHA PELE é isso, um afroluso & tupidavídico dizendo de diásporas, de lágrimas e sofrências historiais, numa literatura de afropoemas a banzos-blues e letras de rocks. Vista também a sua pele, lendo este livro, coloque-se no lugar do outro, e também tenha a sua cota de dor. Vai encarar? (resumo da Amazon)
Ei, você!: um livro sobre crescer com orgulho de ser negro, de Dapo Adeola.
A partir de uma prosa delicada e de ilustrações feitas por dezenove artistas diferentes, este livro celebra a vida e o crescimento das crianças negras de todo o mundo, apontando caminhos de esperança para o futuro e empoderando uma nova geração de sonhadores (resumo da Amazon).
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BibliON e Tocalivros
Quem tem a carteirinha da BSP também tem acesso aos acervos digitais da BibliON e da Tocalivros, com e-books e audiolivros. Para ajudar você a começar a navegar por essas plataformas, nossa equipe também trouxe uma lista adicional com sugestões de leitura disponíveis por lá, com o tema do mês.
Racismo e eu com isso?, de Geraldo Euclides da Silva
A menina transparente, de Elisa Lucinda
Lugar de Fala, de Djamila Ribeiro
Mulheres pretas da política: Eva de Bonsucesso, Jovita Feitosa, Esperança Garcia e Djamila Ribeiro, do Coletivo Narrativas Negras
Educação antirracista, Folhas de Relva Edições
Flores da Batalha, de Sérgio Vaz
Não basta não ser racista, de Roin Diangelo
O pequeno príncipe preto, de Rodrigo França