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Livros escritos atrás das grades

Postado em 26 DE setembro DE 2013

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Veja a seguir uma lista com obras que foram produzidas enquanto seus escritores estavam atrás das grades.
1. Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes
Dom Quixote foi produzido na prisão em Sevilha, em 1597, quando Cervantes, como coletor de impostos, foi preso por se apropriar de dinheiro público após diversas contas terem sido investigadas.

2. Minha luta, de Adolf Hitler
O livro foi escrito na prisão de Landsberg, em 1924. Hitler foi preso depois de ter sido condenado a cinco anos de cadeia por planejar e executar o golpe intitulado Putsch da Cervejaria, ou seja, tentativa de derrubar o governo da região alemã da Baviera, em novembro de 1923. O objetivo do Partido Nazista, ao qual Hitler pertencia, era tomar as rédeas do governo bávaro e tentar abocanhar o poder em todo o país. Mas a ação foi rapidamente controlada pela polícia bávara e Hitler e vários correligionários acabaram presos. Mein Kampf descreve as principais ideias que o regime alemão completou durante seu governo.

3. Cancionero y Romancero de Ausencias, de Miguel Hernández
Com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, Hernández, um poeta e dramaturgo espanhol, entrou para o grupo republicano Bando. Ao fim da guerra, tendo pertencido ao lado perdedor, foi condenado à morte, mas depois a sentença foi alterada para 30 anos de prisão. Enquanto esteve na cadeia, escreveu esta coleção de poemas que apresenta uma nova linguagem e marca o início de uma mudança de estilo.

4. A história me absolverá, de Fidel Castro
Trata-se da alegação de autodefesa de Fidel Castro antes de seu julgamento pelos ataques aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, em 1953. Neste texto, Fidel defende o direito dos povos de lutarem contra a tirania. Condenado a quinze anos de prisão, começou a cumprir a pena na cadeia de Boniato (Santiago de Cuba) e depois foi transferido ao Presidio Modelo (Isla de Pinos), onde reelaborou sua autodefesa, publicada pela primeira vez, de forma clandestina, em 1954 e desde então foi editada numerosas vezes em Cuba, como em muitos outros países e traduzido nos mais diversos idiomas.

5. De Profundis, de Oscar Wilde
O livro é uma longa e emocional carta que Oscar Wilde escreveu para seu amante, Alfred Douglas, diretamente da prisão onde cumpria pena por comportamento indecente e sodomia. No texto, datado de 1897, Wilde apresenta os sentimentos, preocupações e ressentimentos para com seu amante.

6. Justine, de Marquês de Sade
Justine ou Os Infortúnios da Virtude é um romance escrito por Marquês de Sade em 1787, durante uma de suas estadias na prisão da Bastilha. A obra é considerada um “trabalho maldito”, uma vez que expõe os pensamentos mais sombrios do autor.

7. De los Nombres de Cristo, de Frade Luis de León
Frade Luis de León foi um poeta e humanista espanhol que foi preso por traduzir a Bíblia sem permissão. Na prisão, escreveu Em nome de Cristo, trabalho composto por três livros que mostra a definitiva elaboração dos temas e ideias delineados em seus poemas, que discutiam as várias interpretações dos nomes dados a Cristo na Bíblia.

8. Décimas, de Miguel Hidalgo
Miguel Hidalgo foi um padre e soldado que se destacou na primeira fase da Guerra da Independência do México. Hidalgo liderou a primeira parte do movimento, mas após uma série de derrotas foi capturado, em 1811, e levado como prisioneiro para a cidade de Chihuahua, onde foi julgado e executado quatro meses depois. A obra é uma coleção de poemas escritos na parede de sua cela antes da execução. Eles agradecem o carcereiro, o chefe da prisão e bom tratamento que tinha recebido.

9. Memórias do cárcere, Graciliano Ramos
Publicado postumamente, este livro de memórias não chegou a ser concluído, faltando o capítulo final. Graciliano foi preso em 1936 devido ao seu envolvimento político com o comunismo. No livro, o escritor descreve os tipos de companhia que teve na cadeia, acontecimentos como a entrega de Olga Benário para a Gestapo, sessões de tortura aplicadas a Rodolfo Ghioldi, dirigente do Partido Comunista da Argentina, entre outros. Durante a prisão, diversas vezes Graciliano destrói ou afirma destruir as anotações que poderiam lhe ajudar a compor uma obra mais ampla. Também dá importância ao sentimento de náusea causado pela imundície das cadeias, chegando a ficar sem alimentação por vários dias, em virtude do asco.

 

Fonte: Universia Brasil

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