Leitura ao Pé do Ouvido de março traz o escritor Castro Alves como destaque
Postado em 21 DE março DE 2023
Para ler a obra completa acesse o link de domínio público aqui.
Sobre o autor: Castro Alves, ou Antônio Frederico Castro Alves, é um poeta romântico do século XIX. Nasceu em Muritiba, no estado da Bahia, em 1847, e morreu em Salvador, no ano de 1871. É conhecido como o “Poeta dos Escravos”, em função de suas poesias de cunho abolicionista. O escritor também escreveu poemas de amor, mas sua poesia de cunho social fez dele o principal nome da terceira geração romântica. O poema O navio negreiro é o mais conhecido do escritor Castro Alves, dada a sua importância histórica e política. No entanto, poemas como “Mocidade e morte”, “Dedicatória” e “O laço de fita”, presentes em seu livro Espumantes flutuantes, mostram a sua capacidade de fazer versos sobre variados assuntos. O poeta brasileiro Castro Alves nasceu em 14 de março de 1847. Seu interesse pela poesia começou na infância, quando estudava na Escola do Barão de Macaúbas. Sua vida literária solidificou-se quando ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1864, onde passou a ser conhecido pelos seus versos. Em 1866, o poeta apaixonou-se pela atriz e poetisa portuguesa Eugênia Câmara (1837-1874), que passou a exercer influência em sua vida e obra. Apesar disso, a fama do Poeta dos Escravos não se deve a suas poesias de amor, mas à sua poesia de cunho social. Em 1868, Castro Alves mudou-se para São Paulo, em companhia de Eugênia Câmara, que acabou rompendo com o poeta. A partir daí, a vida do poeta assumiu um caráter trágico. Em 1869, Castro Alves, acidentalmente, durante uma caçada, deu um tiro no pé esquerdo, que precisou ser amputado. Com a saúde frágil desde os 17 anos, devido à tuberculose, não conseguiu vencer a doença e morreu em 6 de julho de 1871, com 24 anos de idade, deixando inacabado o seu livro Os escravos.
Trecho
“Ó Sono! Ó noivo pálido Das noites perfumosas, Que um chão de nebulosas Trilhas pela amplidão! Em vez de verdes pâmpanos, Na branca fronte enrolas As lânguidas papoulas, Que agita a viração. Nas horas solitárias, Em que vagueia a lua, E lava a planta nua Na onda azul do mar, Com um dedo sobre os lábios No vôo silencioso, Vejo-te cauteloso No espaço viajar! Deusdo infeliz, do mísero! Consolação do aflito! Descanso do precito, Que sonha a vida em ti! Quando a cidade tétrica De angústias e dor não geme...É tua mão que espreme A dormideira ali. Em tua branca túnica Envolves meio mundo... É teu seio fecundo. De sonhos e visões, Dos templos aos prostíbulos, Desde o tugúrio ao Paço, Tu lanças lá do espaço Punhados de ilusões!...
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