Neste sábado, 8, a Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL) promoveu a edição de abril do Segundas Intenções. O convidado do mês foi Julián Fuks, grande vencedor do Prêmio Jabuti e do Prêmio Oceanos do ano passado com A resistência. O livro é um marco na carreira dele e publicações como O Globo e O Estado de São Paulo o consideraram o melhor romance de 2016. Na conversa, muito se falou sobre a sua obra, que trafega entre o ensaio, o conto, o romance de metalinguagem e romance de autoficção, gênero cada vez mais popular.
Um dos momentos mais emocionantes deste Segundas foi o depoimento do pai de Fúks deu, falando do filho, do livro em que é personagem (A resistência) e da evolução do autor na busca de criar uma literatura original, que é sucesso de crítica.
Além disso, Fúks falou da dimensão metalinguística de sua obra, de como sua escrita é ainda permeada pelos fragmentos, que superou as incertezas que seus primeiros trabalhos traziam e que tem – com muito esforço – buscado criar um estilo e uma voz própria.
Ele gosta de explorar as questões familiares como uma forma de resistência e atuação política, acha que os romances com tons autobiográficos criam um novo pacto ficcional: embora exista um lastro de verdade, os leitores de hoje já não acreditam tanto no narrador.
Esse Segundas foi permeado dessas observações como essa, que versam sobre a sua literatura e de seus pares. Quem não foi, poderá ver gravação na íntegra abaixo. O próximo bate-papo na BVL será com o escritor João Anzanello Carrascoza no sábado, dia 13 de maio, das 11 às 13 horas. Participe!