Há 132 anos nascia Virginia Woolf

Postado em 27 DE janeiro DE 2014

No sábado, dia 25 de janeiro, comemorou-se o nascimento, em 1882, da escritora inglesa Virginia Woolf. Desempenhando papel de destaque dentro da sociedade literária londrina durante o período entre guerras, escreveu os romances Mrs. Dalloway (1925), Rumo ao farol (1927) e Orlando (1928), bem como o livro-ensaio Um quarto só para si (1929), onde está a famosa citação "Uma mulher deve ter dinheiro e um quarto próprio se ela quiser escrever ficção".

Virginia era filha do editor Leslie Stephen, frequentando, assim, desde muito cedo o mundo literário. Estreou na literatura em 1915 com The voyage out e, em 1917, fundou, junto do então marido, a Hogarth Press, editora que revelou escritores como Katherine Mansfield e T.S. Eliot.

A escritora foi integrante também do grupo de Bloomsbury, círculo de intelectuais que, após a Primeira Guerra Mundial, se posicionara contra as tradições literárias, políticas e sociais da era vitoriana.

Em Mrs. Dalloway, Virginia descreveu um dia da personagem, empregando recursos narrativos inovadores para retratar a experiência individual. O mesmo com Rumo ao farol, narrativa sobre as complexas tensões e fidelidades existentes numa família, que passa férias em uma ilha.

Após terminar As ondas (1931), Virginia Woolf estava exausta. Ela seguiu então para a sua casa de campo levando um livro com as cartas trocadas entre os poetas Elizabeth Barrett e Robert Browning. Enquanto lia, percebeu a presença permanente de um cachorro, Flush; resolveu então, por divertimento, escrever a visão deste cachorro em relação ao mundo à sua volta.

Flush: memórias de um cão foi muito elogiada por fazer um relato minucioso sobre a época dos poetas e, ironicamente, foi a que mais deu retorno financeiro à escritora e a mais traduzida em outros idiomas.

Em 28 de março de 1941, Virginia suicidou-se ao se jogar em um rio em North Yorkshire, Inglaterra.

Ficou com vontade conhecer mais sobre a escritora? Na Biblioteca de São Paulo você encontra:

 



Flush: memórias de um cão - Audiolivro

A obra é a biografia de um cão que mostra aventuras e mistérios da existência percebidos através dos olhos do melhor amigo do homem. O personagem central dessa história é um cocker spaniel de origem inglesa, Flush. Em pleno processo de apreensão do mundo e de si mesmo, ele ama tanto os raios de sol quanto um pedaço de rosbife, a companhia de cadelinhas malhadas assim como a companhia de seres humanos, o cheiro de campos abertos tanto quanto ruas cimentadas e o burburinho da cidade. A autora tece comentários sobre a sociedade inglesa e vitoriana e seus valores.

 



Orlando

Nascido no seio de uma família de boa posição em plena Inglaterra elisabetana, Orlando acorda com um corpo feminino durante uma viagem à Turquia. Como é dotado de imortalidade, sua trajetória então atravessa mais de três séculos, ultrapassando as fronteiras físicas e emocionais entre os gêneros masculino e feminino. Suas ambiguidades, temores, esperanças, reflexões - tudo é observado com inteligência e sensibilidade nesta narrativa que permanece como uma das mais fecundas discussões sobre a sexualidade humana. A um só tempo cômico e lírico, Orlando mostra o trajeto do personagem entre embates com armas brancas, acalorados debates filosóficos no século XVIII, a maternidade e até mesmo num volante a bordo de um automóvel.

 



Mrs. Dalloway

Por meio da percepção e da notação do que se passa em torno e dentro da personagem central - Clarissa Dalloway -, Virginia Woolf procura apresentar a história de uma crise. Partindo da crise de um indivíduo, a autora pretende apontar para a crise da classe a que este pertence, e, daí, para a da sociedade como um todo e, como contrapartida, para a crise da representação literária.

 



O leitor comum

Examinando a arte de Montaigne, Defoe, Sterne, Dostoievski, Tchecov, Jane Austen, entre outros grandes clássicos, os textos deste livro refletem sobre a experiência prazerosa de ler um livro, especialmente quando liberta de obrigações acadêmicas, preconceitos críticos ou de qualquer tipo de dever profissional. Mas a leitora, no caso, é Virginia Woolf e, além da satisfação da leitura, a coletânea torna-se também uma viagem erudita e bela em torno de questões fundamentais à literatura como o que caracteriza um grande autor ou uma obra prima ou o contemporâneo.

 



Contos completos

Reunindo pela primeira vez os contos completos de Virginia Woolf, o que inclui o inédito no Brasil 'Um diálogo no monte Pentélico', e com uma nova tradução, feita pelo poeta Leonardo Fróes, este volume se destaca por trazer à tona a tessitura literária de uma das maiores autoras inglesas do século XX.

 



Noite e dia

'Noite e Dia', segundo romance de Virginia Woolf, foi publicado em 1919, quando ela estava com 37 anos. Experimentalista por excelência, o livro atira o leitor dentro de uma sociedade, seus costumes, sua linguagem, num jogo de poder e contestação. Trata-se de uma trama de amor entre Katherine Hilbery e Ralph Denham - advogado, intelectual e burguês. O enredo se desenrola num estilo ao mesmo tempo sólido e puro, e segue linhagem da tradição inglesa de grandes novelistas como Jane Austen, Charlotte Brontë e George Eliot.