Espalhafatos promove entrevista coletiva com escritor Cristhiano Aguiar
Postado em 27 DE fevereiro DE 2019Cristhiano recheou de detalhes as respostas para as perguntas de participantes do curso, que oferece noções básicas de jornalismo. O bate-papo, que simula uma coletiva de imprensa, resulta em matérias produzidas pelos alunos (este ano, estudantes de jornalismo e profissionais da área que buscavam novos contatos e exercitar o ofício). O conteúdo da publicação impressa intitulada Espalhafatos nasce daí.
Generoso em sua participação na oficina, ele acredita que "todo escritor precisa conversar om seu tempo" e que, para criar literatura é relevante estar aberto para todo o tipo de estímulo, desde as lembranças do cotidiano até influências do cinema, outros autores, quadrinhos etc., como pode ser visto em sua produção.
Cristhiano, que prefere fugir dos rótulos, não vê como um autor experimental; prefere definir-se como um escritor que faz uma literatura que conta coisas. "Eu escrevo e publico livros que gostaria de ler", diz ele, que se preocupa em não "escrever complicado" e imprimir leveza nos seus textos. "Pra mim, o caminho da literatura é o da liberdade absoluta", ressalta.
Sobre seu novo trabalho, que Cristhiano classifica como realismo histórico insólito, o escritor antecipa que os leitores podem esperar por um Frankenstein às voltas com a vida no isolamento, depois de ser banido e não conseguir suicidar-se; e contos com referências na Guerra de Tróia e na trajetória de Dom Sebastião de Portugal.
Cristhiano é formado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em 2012, participou da antologia "Granta: Os melhores jovens escritores brasileiros" e, em 2013, foi escritor-residente na University of East Anglia. Editou, em Pernambuco, a revista experimental Eita! e o site de literatura Vacatussa. Seus contos e ensaios foram traduzidos para o inglês e o espanhol publicados nos Estados Unidos, Inglaterra e Argentina. Feliz em ver seus livros na Biblioteca de São Paulo, o escritor, que nunca havia entrado ali, registrou sua passagem pelo espaço em suas contas nas mídias sociais (veja abaixo).
Várias das perguntas realizadas durante a coletiva para que todos conhecessem Cristhiano melhor foram feitas por Kaio. Estudante de Jornalismo, ele foi ágil na construção do texto que nasceu da entrevista. Com o título, lead (bloco que abre as matérias com as informações mais relevantes do texto) e chamada prontos, acolheu as dicas dadas por João Varella, que, por sua vez, ficou surpreso - positivamente - com a maturidade dos trabalhos dos participantes da oficina deste ano.
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[caption id="attachment_53578" align="aligncenter" width="562"] Reprodução / Facebook.[/caption]
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