Em oficina online, Marcelo D'Salete diz que trabalha em novo álbum para 2021
Postado em 28 DE setembro DE 2020
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O professor e quadrinista Marcelo D'Salete. Foto: Rafael Roncato/ Divulgação[/caption]A oficina online Angola Janga - Narrativas Negras em Quadrinhos, na quinta-feira passada, dentro da programação da Biblioteca de São Paulo, foi a primeira experiência do premiado autor brasileiro de quadrinhos Marcelo D'Salete neste formato. Com mais de 70 participantes de São Paulo, do interior e de Estados como a Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pará, Ceará e Rio Grande do Sul, a aula teve duas partes.
Primeiro, D'Salete fez uma exposição de 40 minutos sobre a definição e a origem dos quadrinhos, além de traçar um panorama histórico da arte sequencial e de falar de seu próprio método de trabalho. Depois, o quadrinista se colocou à disposição dos alunos para responder eventuais dúvidas e outros questionamentos. Rafael de Azevedo, de Belém do Pará, elogiou a iniciativa da BSP de promover oficinas com atures de HQ: "Já fizeram com o [Lourenço] Mutarelli], agora como Marcelo D'Salete", escreveu ele. "Façam mais!"
Professor de artes para o ensino fundamental, D'Salete fez uma longa exposição em que falou sobre as definições de quadrinhos por Thierry Groesteen, autor de "O Sistema dos Quadrinhos" e de Barbara Postema, que escreveu "Estrutura Narrativa dos Quadrinhos". Também repassou os fundamentos básicos do formato ao mesmo em que traçou uma linha do tempo remontando a Yellow Kid (1896) e Nhô Quim (1869), personagens que são considerados precursores das revistas de quadrinhos.
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Capa de "Cumbe", de 2014, premiado com o Eisner. Foto: Reprodução[/caption]D'Salete também falou sobre seu método de trabalho e de como fez suas duas principais obras, o álbum "Cumbe" (2014), que aborda o período colonial e a resistência negra contra a escravidão no Brasil, e "Angola Janga - Uma história de Palmares" (2017), que trata dos antigos mocambos da Serra da Barriga, mais conhecidos como Quilombo dos Palmares. Ambos foram muito premiados, mas o primeiro se destaca por ter ganhado o Eisner de melhor edição de material estrangeiro nos Estados Unidos, em 2019.
Da pesquisa à página pronta, passando pelo roteiro e os rascunhos, o artista se revelou muito analógico. "Gosto do preto-e-branco e do papel", disse ele. "O tablet [usado para a realização de desenhos por meio de programas gráficos] é recente e ainda estou experimentando e me ambientando."
D'Salete também falou sobre seus trabalhos futuros. Ele está desenvolvendo três projetos paralelamente, um deles com a parceria de historiadores e mais um sobre o Brasil Império. "Talvez um deles eu consiga finalizar para publicar no próximo ano", disse. "Outra coisa que não tenho feito, mas que gosto muito, é ilustrar histórias infantis. Também quero retomar essa atividade."
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