Clube de Leitura debate a força da obra de Marcelino Freire
Postado em 22 DE junho DE 2018"Nossos ossos" ficou entre os finalistas, em 2014, na categoria romance do Prêmio Jabuti, premiação que Freire recebeu por outra de suas obras:"Contos negreiros", em 2006. "Nossos ossos" faturou o Prêmio Machado de Assis concedido pela Biblioteca Nacional em 2014 e também foi publicado na Argentina e na França. Freire coordena oficinas de criação literária e, no início de junho, comandou uma intitulada Oficina de Escrita: Soltando a Língua, no Centro de Cultura e Estudos Superiores Aúthos Pagano.
O escritor nasceu em Sertânia, no interior de Pernambuco, mudou-se para Recife e, desde 1991, reside na capital paulista. A história e as raízes do autor interessaram os participantes do Clube de Leitura, que viram possíveis semelhanças entre a trama e a vida de Freire. Os temas, abordados no livro, como a morte, a empatia, a solidariedade com o próximo e questões de gênero também pontuaram o debate.
Na plateia do auditório da BSP, duas assíduas frequentadoras do Clube de Leitura compartilharam impressões sobre a obra. Para Olívia da Ressurreição, que é professora aposentada e não perde um dos encontros, o título chamou bastante atenção e instigou a curiosidade, tanto quanto os títulos escolhidos para os capítulos. Olívia achou o texto de fácil leitura e bastante objetivo. Para Rosana de Souza Costa, também professora, os capítulos parecem compor um quebra-cabeça e, ao indicar partes do corpo, ela acredita que podem até indicar que seria possível lê-los em outra ordem.
O jogo de palavras, aliás, reconhecido por Olívia e Rosana, foi um dos aspectos ressaltados pela dupla de condutores do encontro. Michele e Renato realizaram um extenso trabalho de pesquisa para introduzir também obras de outros autores que tratam de temas abordados por Freire. Para o próximo Clube de Leitura foi selecionado o título "Como água para chocolate", da mexicana Laura Esquivel. O enredo, que brinca com o realismo mágico, foi transportado para a tela em filme homônimo, dirigido por Afonso Arau, e que concorreu ao Globo de Ouro e faturou prêmios no Festival de Gramado, inclusive o do público.
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