Centenário de Vinicius de Moraes
Postado em 18 DE outubro DE 2013Neste sábado, 19 de outubro, comemora-se o centenário de nascimento de Vinicius de Moraes. Diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor, sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.
Com apenas 16 anos entrou para a Faculdade de Direito do Catete, onde se formou em 1933, ano em que foi publicado O caminho para a distância. Durante o período de formação acadêmica firmou amizades com vínculos boêmios e desde então, viveu uma vida ligada à boemia.
Após alguns anos foi estudar Literatura Inglesa na Universidade de Oxford, no entanto, não chegou a se formar em razão do início da Segunda Guerra Mundial. Ao retornar ao Brasil, morou em São Paulo, onde fez amizade com Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. Logo após algumas atuações como jornalista, cronista e crítico de cinema, ingressou na diplomacia em 1943.
Além de ser um dos fundadores do movimento musical “Bossa Nova”, com Tom Jobim e João Gilberto, Vinicius de Moraes foi também um grande poeta da segunda fase do Modernismo Brasileiro (1930-1945).
A primeira fase da poesia de Vinicius de Moraes é marcada pela preocupação religiosa, angústia e a vontade de superar as dores deste mundo. Já a segunda, apresenta versos longos com uma linguagem abstrata, alegórica e declamatória.
Em 1943, publica Cinco elegias, obra em que o escritor se aproxima mais de temas simples da vida, explora com sensualidade o amor e a mulher, faz uso de verso livre e a comunicação é mais direta.
Vinicius de Moraes também escreveu poesia social. Um bom exemplo do envolvimento de Vinicius de Moraes nessa área é o poema Operário em Construção (1956).
A partir da década de 1960, Vinicius de Moraes começou a se afastar da literatura e passou a se dedicar à música.