Aniversário de Truman Capote
Postado em 30 DE setembro DE 2013

Nesta segunda-feira, 30 de setembro, o escritor e jornalista norte-americano Truman Capote, um dos pioneiros do jornalismo literário, completaria 89 anos.
Capote é autor de Bonequinha de Luxo, sua obra mais famosa, adaptada para o cinema e estrelada pela atriz Audrey Hepburn.
Aos 17 anos, Capote terminou os estudos, se emancipou e começou a escrever. Seu primeiro conto, intitulado Miriam, foi publicado em 1944. Em 1948, lançou seu primeiro livro, Other voices, other rooms, no qual incorpora elementos autobiográficos e conta a história de um menino que procura desesperadamente pelo pai.
Em 1964, publica Bonequinha de Luxo e, no ano seguinte, depois de seis anos de uma minuciosa pesquisa, publica o célebre A sangue frio, obra que o consagra como um escritor de fama internacional.
Outra das facetas de escritor foi sua capacidade de redigir crônicas da alta sociedade americana. A obra Answered prayers criou polêmica por se tratar de uma crônica social que descrevia as personalidades mais representativas dos Estados Unidos. Por causa do livro, passou a ser considerado o dono da língua mais ferina de Nova York.
Capote também é considerado por muitos o criador do chamado "livro-reportagem", ou jornalismo de pesquisa, já que seu objetivo na hora de escrever era elevar a reportagem à categoria de arte.
Em 1984, o escritor morreu em Los Angeles, devido à mistura de álcool e barbitúricos.
Veja o que a BSP possui deste autor no acervo:

20 contos de Truman Capote
(Editora Companhia das Letras)
20 contos apresenta a genealogia de um talento. Das primeiras tentativas, no início dos anos quarenta, quando já era possível notar o poder de observação e a habilidade para condensar situações em cenas breves, até o apogeu demonstrado nos últimos trabalhos, pode-se seguir quase cronologicamente a evolução da sua prosa. A vida de Capote, ela mesmo merecedora de um tratamento ficcional, também serve para traçar paralelos. O escritor era fascinado pela alta sociedade americana, e ela retribuiu a adoração. Os dois primeiros contos apresentam essa sociedade com uma certa reverência, enquanto trabalhos tardios, como "Mojave" e "A pechincha", traçam um retrato muito mais cru, e provavelmente acurado, daquela classe. Nos últimos contos, ele se debruça com olhar agridoce sobre a infância, passada numa grande casa cheia de primos e tias no sul empobrecido do país depois da Depressão.Entre essas duas pontas, transparece um tanto da dureza da vida de exilados na cidade grande, um bocado de solidão e de corações partidos. Um vasto e magistral desfilar de ilusões perdidas até o refúgio na infância, nos contos em que Capote mostra a sua melhor forma.

Travessia de verão
(Editora Alfaguara Brasil)
Ambientado em Nova York logo após a Segunda Guerra Mundial, este livro conta a história da jovem de família rica novaiorquina Grady McNeil, que é deixada sozinha pelos pais em sua cobertura da Quinta Avenida durante o verão. Livre para fazer o que quiser, Grady vive sem rédeas o caso de amor secreto que vinha tendo com um rapaz judeu que trabalha num estacionamento do Brooklyn. O romance aos poucos se torna mais sério e moralmente ambíguo, e a jovem acaba tomando uma série de decisões que afetarão para sempre sua vida e a vida de todos à sua volta.

Música para camaleões
(Editora Companhia das Letras)
Ainda jovem, Truman Capote percebera que "havia uma diferença entre escrever muito bem e a verdadeira arte; sutil, mas devastadora". Na literatura como na intimidade, viveu sob o mandamento de apostar sempre mais alto. Música para camaleões (1980), ao mesmo tempo suma de todo o seu savoir-faire literário e aposta em novas formas de escrita, é a prova cabal disso. De fato, o sucesso de A sangue frio (1966) criara um dilema para Capote: como seguir adiante sem repisar as próprias pegadas?A resposta encontra-se nesse livro, que radicaliza o projeto do jornalismo literário. Livre da envergadura romanesca, do anonimato e da imparcialidade, Capote arrisca-se na exibição plena de si e dos outros em peças ágeis, onde personagens e situações se revelam com limpidez máxima, beirando a ficção, mal importa quem sejam: o próprio Capote, uma velha dama caribenha tocando piano para camaleões, um parceiro beatnik de Charles Mason, um serial killer cerebrino contra um detetive empedernido no meio-oeste americano, um velório na companhia de Marilyn Monroe. Nas pequenas jóias de Música para camaleões, todos se revelam em exposição máxima, plenos de brilho, horror ou vulnerabilidade.
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