Aniversário de João Cabral

Postado em 09 DE janeiro DE 2015

No dia 9 de janeiro é comemorado o aniversário de nascimento do escritor e diplomata brasileiro João Cabral de Melo Neto. Por isso, o Leitura ao Pé do Ouvido desta sexta apresenta trechos da obra Morte e vida severina, a partir das 16h30.

Nascido no Recife em 1920, Melo Neto foi um dos expoentes da poesia brasileira do século XX. Em 1990, ganhou o Prêmio Camões, a maior distinção entre autores de língua portuguesa. Quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.

Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupou a cadeira 37, antes usada pelo jornalista Assis Chateaubriand. Era irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freyre.

Sua obra de estreia foi Pedra do sono (1942), mas sua obra mais famosa tornou-se Morte e vida severina, publicada em 1955. O livro apresenta um poema dramático, que relata a dura trajetória de um migrante nordestino em busca de uma vida mais fácil e favorável no litoral.

Confira as obras do autor que estão disponíveis na biblioteca. Confira também seleção dos dez melhores poemas feita pela Revista Bula.

 



Morte e vida severina e outros poemas

Coletânea de poemas de João Cabral de Melo Neto publicados na década de 1950. Para Cabral, esta década foi crucial para a consolidação da linguagem que viria a refinar nos anos seguintes.

 



João Cabral de Melo Neto: melhores poemas

Diplomata de carreira, João Cabral de Melo Neto serviu na Espanha, Inglaterra, França, Senegal. Situado cronologicamente na geração de 45, ocupa posição isolada no panorama histórico da poesia brasileira, pela sua personalidade ímpar, sua linguagem enxuta, as imagens predominantemente visuais, o desenho dos poemas, que parecem traçados a régua e compasso.

 



Crime na calle Relator; Sevilha andando

Em Sevilha andando, o poeta deixa de lado sua cidade, Recife, para falar de outra cidade onde morou e se apaixonou. Já em Crime na calle Relator, o humor é utilizado pelo poeta nas 25 pequenas histórias baseadas em fatos reais que compõem o livro. Com diversas descrições, o autor procura dar vida a essas anedotas ocorridas em diferentes lugares da Espanha.

 



Poemas para ler na escola

Este livro apresenta poemas de João Cabral de Melo Neto sobre temas relacionados à juventude.

 



Museu de tudo

O livro foi publicado em 1975. Com ele, João Cabral de Melo Neto recupera, sem nostalgia, maneiras de conceber o poema e o livro que o remetem às suas origens; Pedra do sono e O engenheiro.

 



Auto do frade

A obra narra o momento em que Frei Caneca, ou frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, figura proeminente da Revolução Constitucionalista de Pernambuco, de 1824, é levado à execução.

 



A educação pela pedra e depois

Em A educação pela pedra e depois estão reunidas diversas poesias de sua carreira.

 



Serial e antes

Em dois volumes - Serial e antes e A educação pela pedra e depois - estão as poesias completas de João Cabral de Melo Neto.

 



Escola das facas; Auto do frade

A Alfaguara dá seqüência ao relançamento da obra completa de João Cabral de Melo Neto com o volume que reúne dois livros do autor pernambucano, A escola das facas (1980) e Auto do frade (1984).

 



O artista inconfessável

O poeta João, escondido no homem, manifestava pudor de falar de si. O artista inconfessável é uma antologia que procura resgatar, da obra cabralina, parte da memória pessoal desse escritor. Esta antologia reúne também poemas escritos na Espanha, principalmente em Sevilha e Barcelona, cidades nas quais viveu em diversos períodos da vida.

 



O cão sem plumas e outros poemas

O cão sem plumas, primeiro poema de fôlego de João Cabral Neto, lançado em 1950, foi uma criação decisiva do jovem poeta, que na época vivia em Barcelona, aos 30 anos. Considerado uma obra prima uma obra prima desde que foi publicado, o poema alçou o escritor pernambucano ao patamar mais elevado da literatura