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Há 11 anos morria Hilda Hilst

Postado em 04 DE fevereiro DE 2015
Há exatos 11 anos, no dia 4 de fevereiro de 2004, morria a escritora e poeta Hilda Hilst.

Com mais de 40 livros escritos em verso, dramaturgia, crônica e prosa, publicados entre 1950 e 2000, Hilda foi uma poeta lúcida, culta, consciente de suas ações e palavras. Com fervoroso amor pela originalidade, sua obra é marcada por intenso trabalho de linguagem e de musicalidade, com um imaginário poético no qual questionamentos metafísicos se mesclam com fatos cotidianos. Corajosa, livre, apaixonada pela vida, pelos seres humanos e pelos animais, Hilda Hilst abordava, sem pudor, temas como a morte, o sexo e Deus.

Nascida em 1930, na cidade paulista de Jaú, Hilda começa a cursar, em 1948, já em São Paulo (SP), o curso de Direito na Faculdade do Largo do São Francisco. Nos dois anos seguintes, lança seus primeiros livros: Presságio (1950) e Balada de Alzira (1951).

No ano de 1957, viaja pela Europa por sete meses, época em que namora o ator americano Dean Martin e, fazendo-se passar por jornalista, assedia, sem sucesso, Marlon Brando, outro galã de Hollywood.

Em 1966, influenciada pela leitura de “Carta a El Greco”, do escritor grego Nikos Kazantzakis que, defendia a necessidade do isolamento do escritor para tornar possível o conhecimento do ser humano, muda-se para a Casa do Sol, construída em uma fazenda a 11 quilômetros de Campinas (SP), abrindo mão assim da intensa vida de convívio social para se dedicar exclusivamente à literatura.

No mesmo ano, morre seu pai, que em 1935 havia sido diagnosticado esquizofrênico paranoico, passando períodos de internação em hospitais psiquiátricos – episódios relacionados ao momento tornam-se motivos recorrentes na obra de Hilda.

Em 1967, redige A possessa e O rato no muro, iniciando uma série de oito peças teatrais. Fluxo-Floema, sua primeira obra em prosa, é lançada em 1970.

Em 1990, com a publicação de O Caderno Rosa de Lori Lamby, Hilda anuncia que vai aderir à literatura pornográfica. A obra provoca “espanto e indignação” em seus amigos e na crítica. O editor Caio Graco Prado recusa-se a publicá-la, e o artista plástico Wesley Duke Lee a considera “um lixo”.

Após sucessivas internações em decorrência de isquemias e tumores no pulmão, Hilda morre, em 2004.
Fonte: Releituras e Enciclopédia Itaú Cultural

 

Na BVL você encontra:

 

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O caderno rosa de Lori Lamby


Este livro, em grande parte escrito na forma de diário, apresenta uma menina de oito anos que vende seu corpo incentivada por seus pais proxenetas. A obra é, sim, obscena e põe em cheque a moralidade dos leitores, pois é quase impossível realizar uma leitura frígida dos relatos de Lori Lamby. Mas, apesar do impacto inicial causado pelo tema da pedofilia, o livro vai muito além. A própria literatura é alvo de obscenidades - gêneros intercalados, cartas, relatos, citações pervertidas de grandes autores como D. H. Lawrence, Henry Miller ou Georges Bataille e um Caderno negro dentro do Caderno rosa de Lori. Aquilo que, a princípio, aparece no texto como possíveis e singelos erros de escrita de uma criança recém-alfabetizada aponta para um estudo lexicológico, para uma etimologia das sensações fazendo soluçar a gramática. O livro ainda guarda um segredo sobre o verdadeiro narrador da história.


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A obscena senhora D


A obscena senhora D' é o relato contundente de uma inteligência radical que desaprende a conceder. De forma concisa, o texto encena a mudança de uma mulher de sessenta anos que se decide a viver num vão de escada, onde peregrina em busca do sentido das coisas escondido por um esquivo Menino-Porco. Nesse pequeno espaço revive a perplexidade tocante do amante devotado, recentemente falecido, que não pode compreender as suas recusas do bom-senso, do sexo, da vida simples e amena em favor de uma especulação que supõe delirante e vã.


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Cartas de um sedutor


Junto com A obscena Senhora D e O caderno rosa de Lori Lamby, Cartas de um sedutor compõe a trilogia erótico-pornográfica de Hilda Hilst. Em Cartas de um sedutor, a autora descreve o cotidiano de Karl, um homem rico, amoral e culto, que busca a explicação para sua incompreensão da vida através do sexo. Karl escreve e envia vinte cartas provocativas a Cordélia, sua casta irmã. Os textos das cartas se misturam à vida de Stamatius, um poeta que encontra no lixo os manuscritos de Karl. Após a primeira leitura, percebe-se que ambos - Karl e Stamatius - são a mesma pessoa em tempos e condições diversos, mas com posturas diferentes diante dos mesmos questionamentos. O contraponto entre um e outro é o mote para uma obra de grandeza ímpar e absolutamente humana no seu sentido mais divino. A história do livro. Cartas de um Sedutor foi lançado originalmente em 1991. Após a publicação de A obscena Senhora D, Júbilo, Memória, Noviciado da paixão, e Bufólicas, Cartas de um sedutor é a quarta obra da autora a ser relançada pela Editora Globo, que publicará a obra completa de Hilda Hilst, incluindo 31 títulos, entre prosa e poesia.

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