Finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura falam de suas obras na BSP
Postado em 05 DE novembro DE 2018Com auditório cheio, a BSP recebeu finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura, na manhã de 3 de novembro. Cristina Judar ("Oito do sete"), Mauro Paz ("Entre lembrar e esquecer"), Aline Bei ("O peso do pássaro morto"), Márcia Barbieri ("O enterro do lobo branco"), Tiago Feijó ("Diário da casa arruinada"), Evandro Affonso Ferreira ("Nunca houve tanto fim como agora"), José Roberto Walker ("Neve na manhã de São Paulo") e Marcelo Mirisola ("Como se me fumasse") contaram como são seus processos criativos e falaram do nascimento e desenvolvimento de suas obras. Ao final, um debate com a plateia encerrou o bate-papo, mediado pela jornalista Chris Maksud.
Com temáticas bem diferentes, os livros finalistas tratam, entre outros, de assuntos - em pano de fundo ou centro da narrativa - como solidão, morte, culpa, fatos reais misturados aos fictícios, violência, racismo e questões LGBT. Os escritores salientaram a importância das escolhas dos estilos de escrita também e compartilharam com a plateia as motivações e inquietações que levaram-nos às obras. Dos textos curtos e incisivos aos longos e recheados de descrições, os formatos dos conteúdos foram abordados pelos escritores durante as conversas com a jornalista que promoveu a mediação do painel. O debate foi além da criação das obras e enveredou também por questões referentes ao mercado editorial e os caminhos percorridos por escritores e suas obras até o público.
No auditório, atenta a tudo, Maria Oliveira veio de Santana, bairro próximo da biblioteca, para participar do bate-papo. Ela, que costuma frequentar o programa Segundas Intenções, que reúne escritores e leitores na BSP, é uma leitora frequente e conta que, ao ficar sabendo do evento com os finalistas, já se programou para participar. Na mesma fileira que Rodrigo Almeida, que veio do interior de São Paulo acompanhando o amigo e escritor Tiago Feijó, Maria estava feliz em ver o tema literatura atrair tanta gente em um sábado pela manhã e que voltará sempre que tiver oportunidades como essa. Rodrigo, que é tradutor e estudou com o finalista Tiago, trocou com ela impressões sobre literatura, em geral, e acredita, como Maria, que o tema cabe e precisa ocupar seu espaço cada vez mais.
Também na plateia esteve o escritor Ignácio de Loyola Brandão, que recebeu o Jabuti por "O menino que vendia palavras" e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Ícone da cultura no Brasil, Loyola compartilhou sua experiência de levar sua literatura pelos quatro cantos do País e ressaltou que são várias as formas de aproximar leitores de livros. Aline Bei, por exemplo, utiliza as redes sociais e faz praticamente uma "guerrilha" de venda de suas obras, como ressaltou durante o encontro. O contraditório na questão ficou por conta de Marcelo Mirisola, que acredita que o trabalho do escritor termina com o livro escrito.
O papel da literatura também foi ponto forte no debate. E você confere a íntegra dos bate-papos com os finalistas na BSP em nosso canal do Youtube em https://youtu.be/zxRdLqowp9Q
A cerimônia de entrega dos prêmios será realizada na noite de 5 de novembro no auditório da Biblioteca Parque Villa-Lobos, quando serão conhecidos os vencedores. Para saber mais sobre os finalistas, acesse: https://premiosaopaulodeliteratura.org.br/blog/finalista-2018/
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