Biblioteca São Paulo comemora aniversário de 12 anos
Postado em 14 DE fevereiro DE 2022A BSP comemorou seu aniversário de 12 anos, nos dias 12 e 13 de fevereiro, com uma programação cultural focada no centenário da Semana de Arte Moderna de 22. Entre as várias atividades oferecidas, o público participou de intervenções artísticas modernistas, contação de histórias, oficina de pintura e peça de teatro. Presente ao evento, o diretor executivo da SP Leituras, Pierre André Ruprecht, destacou o diferencial da biblioteca. “Muito mais do que um local de leitura e acesso a livros, a proposta da BSP é um ser um espaço de convivência onde é possível participar de atividades culturais e de letramento, brincar, jogar, conversar com escritores e debater temas da atualidade. Ou seja, um ambiente propício para as pessoas manterem a mente aberta e se empoderarem por meio da cultura”, diz diretor executivo da SP Leituras, Pierre André Ruprecht.
Abrindo as celebrações do dia, a Cia. Articularte trouxe a magia dos bonecos de pano para os espaços da biblioteca. Personagens como a negra Tarsila, a araponga, o passarinho verde, o vendedor de frutas, entre outros, interagiram com as crianças e adultos em várias intervenções ao longo do dia. “Os bonecos são especiais porque se conectam rapidamente com as pessoas. Mesmo estando visivelmente presente, as pessoas conversam diretamente com eles como se a gente não existisse”, comenta a coordenadora do grupo, Surley Valério.
O casal João Hollanda e Haide Magni levaram os filhos Sergio, de 7 anos, e Lara, de 2 anos, para participar das comemorações. “É importante colocar as crianças em contato com os livros e atividades culturais desde cedo. A Lara gosta mais de folhear as páginas, ver as ilustrações; já o Sergio é mais focado nas histórias”, contam.
A oficina de Pintura Moderna com Impressora também atraiu a atenção do público presente na festa. A arte-educadora e artista Ellen Garcia Miranda, responsável pela atividade, diz que a técnica de transferência de imagens para a tela é excelente para quebrar a barreira em relação ao medo de desenhar. “Começar um trabalho a partir de uma obra pronta acaba com aquele receio da tela em branco. Com uma base já impressa, é só soltar a imaginação e complementar a obra com as cores, tintas, colagens e letras que desejar”, explica.
A oficina abriu os horizontes da aposentada Blanca Nieves Ballester, de 87 anos, acostumada a pintar e costurar no passado, mas com o talento adormecido. “Agora fiquei animada para voltar a pintar”, comenta. Quem também estava entretida com as tintas, pincéis, glitter e papéis é a pequena Laís de 7 anos. “Ela fica muito desenvolta na biblioteca porque é um ambiente familiar para nós. O hábito da leitura é uma herança que passa de geração em geração na minha família, mas aqui ela pôde vivenciar a biblioteca de uma forma diferente, com uma atividade manual e bem divertida”, diz a mãe Juliana Resende Furtado.
Encerrando as comemorações do dia, a Cia Articularte apresentou a peça A Cuca Fofa de Tarsila, uma trama de amor repleta de lendas, músicas, cores e brasilidades. No fim do espetáculo, as crianças conheceram algumas obras da artista modernista associadas aos personagens presentes na encenação. Mas a festa só terminou mesmo no dia seguinte com o programa Domingo no Parque. A atividade de contação de histórias ao ar livre teve a participação especial da Cia. Mapinguary, que mostrou ao público um pouco do que aconteceu durante a Semana de Arte Moderna de 22 por meio de contos, poesias e muita música.